É quando deixo
um dedo de cabelo branco, que tenho
certeza do tempo.
Nem quando vejo
um vinco no rosto
me faz ver o que sinto.
Um dedo e vejo o tempo.
Os fios ainda misturados,
vai-se o tempo que escondo
na cabeça. A aparência.
Um dedo e me acostumo,
aceito, acolho e me rendo,
mas passa um curto prazo de tempo, escondo.
Deixo para pensar quando
faltar um dedo e cubro tudo de novo.
Uma hora eu assumo
a cor do tempo,
feita de prata,
e deixarei de esconder
o ouro.
É só uma questão
de tempo.
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