quinta-feira, 10 de agosto de 2017

Para dois livros e um caderno que perdi ontem.
Torce o pé,
mochila pesada,
tira os livros e o caderno de espiral pequeno de dentro,
esvazia um pouco,
depois perde os livros e o caderno
num dos bancos que sentou
no trajeto, tantos bancos que
nem lembra mais,
mas não perde a mania
de tentar uma forma
de levar consigo
os sonhos.
Ainda dói o calcanhar,
sente o dó da perda,
mas espera que
quem achou pelo
menos leia os livros e o caderno,
que valiam o peso,
a torção do pé
e todo o resto.

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