domingo, 23 de abril de 2017

É na altura do peito, que o mundo inteiro passeia.
Felicidade não pode ser
barriga cheia, pois dá dor.

 Tem que ter espaço
para a divagação.
Roncar o estômago,
sentir um pouquinho de fome.

E afeto, ao nos aproximar
um dos outros quando
algo falta.

Ouvi um ronco.

sexta-feira, 21 de abril de 2017

Olhou ao redor, falou palavras aparentemente desconexas. Ninguém entendeu que pedia ajuda. Estrangeiro em sua própria língua, invisível a olhos vistos, mas uma criança enxergou o encardido, e despistando da mãe, amassou cinco balinhas na sua mão. Ele, que precisava de açúcar, renasceu.
A sexta feriado
amortece o sábado.

quinta-feira, 20 de abril de 2017

Antes do feriado,
o Sol foi embora cedo,
a Lua vai aparecer mais tarde,
isso se as nuvens deixarem.
Amanhã, o céu quer ser azul,
mas diz que não depende dele.

sábado, 15 de abril de 2017

sexta-feira, 14 de abril de 2017

quinta-feira, 13 de abril de 2017

Fui aprender a ler
nas entrelinhas.
Nos espaços entre
as palavras,
nas bordas das serifas.
Fui entender
que você me queria,
Mas já era tarde
nas entrelinhas.

terça-feira, 4 de abril de 2017

domingo, 2 de abril de 2017

Às vezes uma gentileza vale mais que um presente. Vale mais que uma conversa. Vale mais por não comprometer além de uma retribuição ou fazer quem recebe repetir o gesto com outra pessoa. Gentilezas adoram ser repetidas. Às vezes gentileza é a única saída.
A presença da morte é tão forte na maioria das vezes, que pouco aprendemos com ela.