terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

Gostar é esquisito,
Nem se sabe o motivo
que gosta.
É tão esquisito
 que quando deixa
de gostar vem o espanto
 de quem gostava tanto
e desgosta.

domingo, 26 de fevereiro de 2017

Fecho os olhos
Estou girando
Num gerúndio
profundo,
Consciente deste mundo.

O que me move, o que faz com que eu corra atrás de um trio, num cordão, num abraço de um desconhecido.

Um sentido.

De olhos abertos,
Estou no meio,
Sendo levada pelo bloco,
fecho os olhos e me toco,
Do carnaval que eu não fui.

sábado, 25 de fevereiro de 2017

Alaga, e o céu
esvazia.
A gente nasce,
a gente cresce
e envelhece,
e é melhor do que parece.
Na mureta, olhando
de lado,
Depois foi sentar no banco,
enquanto eu disfarçava.
Você foi no balcão,
me esperava,
E eu a ver sorrisos,
cheia de nadas.

Refiz todas as cenas,
percebi uma bobagem,
um pequeno problema,
faltou
 coragem,
Não sabia o que falar.
Que pena!
Meu sonho de consumo,
é andar sem rumo,
sem ter hora pra voltar.

Inventar um mundo de inventar.
Seja feliz enquanto a chuva cai. Que ao Sol o sentimento é óbvio.
o vento repara
Em cada gota
que cai.
Eu peço sua leitura
com olhos e mãos firmes.
Que não fingem que elas existem.
 As palavras.
Armadas com cara de poema.
Sem você nada acontece,
tudo é problema.
Nada acontece,
nada é o que parece
e precisa aparecer.
No aniversário,
você ganha um vale-sonho pra usar durante o ano no momento mais difícil. Só não vale esquecer.
O desejo e a angústia ficam marcados entre as sobrancelhas.
O teu cabelo não nega
o meu apreço, que me enreda desde o começo
Você que desapareceu,
Levou meu confete.

O bloco passou,
pisei num chiclete.

É carnaval.
Finge bem
quem não sente.
Viver, nem sempre é alegria.
Poesia também é assim.
Tristeza, nem sempre é Poesia.
Viver também é assim.
Eu fiz um verso fácil
pra uma pessoa difícil,
que não vai nem ler meu artifício.

Escolho temas banais,
palavras num mundo comum,
mas tanto faz.
A privatização é a forma preguiçosa de não consertar o que precisa, empurrar com a barriga responsabilidades, e nos torna dependentes por muitos anos. Não é moderno, é para os fracos.
Não me canso de falar as mesmas coisas, repetir os mesmos temas. São histórias urgentes, que fazem valer a pena.
Talvez a felicidade, talvez o Sol,
e talvez aqui dentro.
Um sentimento
que não sei.
Tardes,
saídas das pernas
que trabalham de dia.
Dos pés que andam
sem ver por onde você passa.
E como chega ao destino final.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Eu poderia escrever
 o que não escrevo,
mas não devo.
Por deixar de ser
 a palavra que me
 toma por palavra.