terça-feira, 28 de junho de 2016

Um desocupado pelo mundo, frequentador de abrigos obscuros, ladeado de mantas cinzas a confundir a paisagem, em meio a peças de chão prateadas. Juntador de pequenas bobagens, miudezas glamourosas a alegrar a miséria numa caixa de papelão. Uma colher de sopa da Tramontina, um anel de plástico com pedra azul, um disquinho do Antônio Marcos, uma guia de Santo, um salmo 23 num calendário, dois dedos de perfume feminino da Avon, um espelhinho, uma lixa, escova de dentes e uma flanela.

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