terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Dói, doa a quem doer a dor.
Que é sentimento solitário,
a não ser que toque em mais de um.
E mais de um, dói em quem doer a dor.

Uivo que se ouve ao longe, sacrifício em cada por e poro que a dor expulsa, a dor que pulsa, amolece, mergulha e puxa o sangue à seco, a dentro feito o mar.

E ainda assim é dor em flor, diferente em cada um que encosta e sente. Cutuca e ecoa, a dor a quem doa e passa quando deixa de latejar.

E silencia, sempre assim a dor quando alivia.

E a dor vai como a vida, que toca sem querer num sino de vento quando passa.

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