quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Os versos,
da próxima página,
esperam controversos,
os olhos que não chegam.
Ansiosos, o coração dispara,
faz saltar palavra por palavra.
Com a língua de fora,
a boca pede
água, mas depois a língua
pede a palavra.
O olho corre mais que a boca,
o olho é tagarela,
pisca sem parar,
bate como a tecla.
A palavra pede água,
mas a mão
não ouve a palavra.
E vira a página.

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