Poesia, textos e todas expressões que surgirem para partilhar, sempre depois que a Lua me tocar.
terça-feira, 30 de junho de 2015
segunda-feira, 29 de junho de 2015
domingo, 28 de junho de 2015
Ontem eu vi você
com abraços de segurar minhas costelas
e conter suspiros doces
amor em tempo de espera,
sutiã que aperta.
com abraços de segurar minhas costelas
e conter suspiros doces
amor em tempo de espera,
sutiã que aperta.
Ontem eu vi você,
olhos negros sem direção,
situação
tão desconcertada,
música no concreto da estação,
composição desencarrilhada,
máquinas a céu aberto,
luzes borradas
na miopia
das minhas esquinas.
situação
tão desconcertada,
música no concreto da estação,
composição desencarrilhada,
máquinas a céu aberto,
luzes borradas
na miopia
das minhas esquinas.
Buzinas,
freadas.
Quando eu vi você já foi.
freadas.
Quando eu vi você já foi.
quinta-feira, 25 de junho de 2015
segunda-feira, 22 de junho de 2015
domingo, 21 de junho de 2015
sábado, 20 de junho de 2015
sexta-feira, 19 de junho de 2015
quinta-feira, 18 de junho de 2015
As mãos pousam, o suor adere entre as peles, pulsam as almofadas da sala de estar. Os dedos cruzam em figas.
As unhas delimitam.
Duas seguram, agarram e cumprimentam os comprimentos do entorno das dobras, sem tocar as curvas. Sustentam contra a gravidade com apoio dos braços que gostariam de abraçar.
Prazer em conhecer.
Ninguém desceu pra jantar, nem subiu pra tomar café. Mãos se despem num aceno de adeus.
As unhas delimitam.
Duas seguram, agarram e cumprimentam os comprimentos do entorno das dobras, sem tocar as curvas. Sustentam contra a gravidade com apoio dos braços que gostariam de abraçar.
Prazer em conhecer.
Ninguém desceu pra jantar, nem subiu pra tomar café. Mãos se despem num aceno de adeus.
quarta-feira, 17 de junho de 2015
A cantada
Gravou uma música que ela fez sozinha,
de brincadeira,
e enviou no whats up
para um rapaz só.
Ele mostrou escondido para mais de um amigo,
que repassaram para umas
garotas.
Mulheres, senhoras e senhores compartilharam.
Imagens foram feitas, sorrisos desarmados, risos, afetos,
receitas de bem-querer ilimitadas.
A voz se espalhou, sem controle,
jabá ou planejamento de mídia.
Ela não ganhou dinheiro,
nem fez sucesso,
não sabia bem o que queria,
a quem iria chegar,
o acesso.
A canção chamava Namastê
de brincadeira,
e enviou no whats up
para um rapaz só.
Ele mostrou escondido para mais de um amigo,
que repassaram para umas
garotas.
Mulheres, senhoras e senhores compartilharam.
Imagens foram feitas, sorrisos desarmados, risos, afetos,
receitas de bem-querer ilimitadas.
A voz se espalhou, sem controle,
jabá ou planejamento de mídia.
Ela não ganhou dinheiro,
nem fez sucesso,
não sabia bem o que queria,
a quem iria chegar,
o acesso.
A canção chamava Namastê
terça-feira, 16 de junho de 2015
O conhecimento,
quem divide,
tem que ter disposição.
quem divide,
tem que ter disposição.
Quem recebe,
se entender direito,
mesmo que não
aceite,
sente
gratidão.
se entender direito,
mesmo que não
aceite,
sente
gratidão.
Pelo que se inicia,
na multiplicação.
Fruto da aprendizagem de uma aula feita para seleção do curso
Reeducação do Movimento,
do Ivaldo Bertazzo, no Sesc Vila Mariana.
Só de ter ido participar, valeu muito!
Só de ter ido participar, valeu muito!
segunda-feira, 15 de junho de 2015
domingo, 14 de junho de 2015
O amor,
sempre quando chega
bota o povo
pra correr,
então,
de tanto ver
o amor
imita,
quando
alguém se aproxima,
e sai correndo.
Pediram para o amor aparecer
com outro nome,
assim, distraindo a atenção,
deixam ele ficar.
A aceleração,
das batidas do peito
normaliza,
e se alguém um dia resolve
ir embora,
dessa vida,
o coração
não parte mais.
sempre quando chega
bota o povo
pra correr,
então,
de tanto ver
o amor
imita,
quando
alguém se aproxima,
e sai correndo.
Pediram para o amor aparecer
com outro nome,
assim, distraindo a atenção,
deixam ele ficar.
A aceleração,
das batidas do peito
normaliza,
e se alguém um dia resolve
ir embora,
dessa vida,
o coração
não parte mais.
sábado, 13 de junho de 2015
Ontem foi um dia atípico para um dia dos namorados. Teve moço que bloqueou o face, e tentou explicar para as pretês o motivo do transtorno, e ficou sem whats up também. Teve moço bem nutrido, alto, bailarino espanhol, ator, que chorou de verdade que ia ficar sozinho. Teve gente que bebeu e dançou até cair com a música Happy do Pharrell Williams. Teve quem foi meditar. Teve quem foi ver filme sozinho. Teve quem nem percebeu que dia foi ontem. Teve quem foi na região de São Paulo mais GLBT do Brasil pra ver todo mundo de mãos dadas. Teve quem viu vários passarinhos voando em dupla. Teve quem ligou para ex xingando. Teve quem foi no salão, fez tudo que tinha direito para ficar linda para ir até a padaria.Teve quem foi em loja e comprou presente do dia dos namorados para si mesmo, duas vezes. Teve gente, como eu, que agradeceu por não desistir de amar, mas que não sentiu falta de ninguém. Tem gente que mente que nem sente...
quinta-feira, 11 de junho de 2015
Um poeta não precisa ser grandioso, basta entender que é necessário falar com o máximo de pessoas possíveis, mesmo que seja através da intelectualidade, atualidade ou
inclusive tolices.
Quanto mais complexo, quanto mais recado mandar, menos Poesia no ar.
Poetas, pelo menos na escrita, não podem ser egoístas.
inclusive tolices.
Quanto mais complexo, quanto mais recado mandar, menos Poesia no ar.
Poetas, pelo menos na escrita, não podem ser egoístas.
terça-feira, 9 de junho de 2015
domingo, 7 de junho de 2015
Dois anos sem pegar uma gripe, tudo indica que alegria terminou hoje.
Gripe pega com beijo, espirro, aperto de mão. Tem álcool gel para aliviar mas não dá pra escapar de um espirro. Não conheço ninguém mais social que uma gripe. Está em todo lugar esperando que uma imunidade baixa lhe dê guarida. E a febre que vem, o calafrio, a dor de garganta, músculo dolorido como se tivesse ido na academia, o nariz entupido, mil lençinhos de papel, e para os ecologicamente sustentáveis, os de tecido. Você não foi na academia, mas o vírus foi e malhou no seu corpo até você se entregar a um banho quente pelando, um chá de limão com alho, pra tentar fugir de um vampiro. Depois que ela chega, o corpo fica lembrando onde você pode ter pego. Ou foi aquele beijo gostoso que você deu no seu nego, ou o aperto de mão que distraído você levou no rosto, ou o espirro do passageiro que estava em pé na sua frente. Pode ter sido o encontro com três amigos gripados durante a semana. Você que não tomou vacina, tem a sina de sentir-se culpado de não ter tido a ideia de tomar. Agora é tarde demais, ela está em seu corpo e vai obrigar você a pensar melhor na sua vida, o que tem feito da sua imunidade, perambulando pela cidade, e que sem ela você estava feliz demais e não se dava conta do motivo.
sexta-feira, 5 de junho de 2015
quinta-feira, 4 de junho de 2015
Calçadas largas chamadas de praça,
cardeais dos jogos de fé.
Seguem as pressas das preces.
Palmeiras
troncos
árvores
e folhas,
e suas mulheres
e homens
no rosto das fontes
de um Paulo
tão são,
da catedral
que enlouquece
de amor e de prece
a cidade de noite
até de manhã.
E lá se vão os pedestres
na Sé.
cardeais dos jogos de fé.
Seguem as pressas das preces.
Palmeiras
troncos
árvores
e folhas,
e suas mulheres
e homens
no rosto das fontes
de um Paulo
tão são,
da catedral
que enlouquece
de amor e de prece
a cidade de noite
até de manhã.
E lá se vão os pedestres
na Sé.
quarta-feira, 3 de junho de 2015
terça-feira, 2 de junho de 2015
O rapaz foi preparado,
pra entender do riscado,
encontrou até um professor.
A roupa e o gesto calculado,
pra dar tudo certo e nada errado,
e encontrar o seu amor.
O perfume que melhor lhe
coubesse, o style que acontece,
o jeito certo de pegar
na mão.
Procurava a mulher perfeita
pro mundo que ele traçou.
Carro do ano, apê nos Jardins,
restaurantes de requinte,
sofá italiano,
cama com lençóis de mil fios.
Música ensaiada
nos passos que ela dava,
palavra por palavra,
tim tim por tim tim.
Mas a garota do tinder,
apareceu sem a bolsa Gucci,
o vestido Pucci, e as mãos pintadas
de vermelho carmim.
Ficou pelada no meio da sala,
unha cor da pele
despenteada,
tão
logo voltara com o vinho.
O perfume que ela usava,
de Chanel
não tinha nada,
era lavanda de Alfazema,
com hidratante infantil.
O rapaz encabulado,
se afogou em seus afagos,
esquecendo na vida,
uma vida que jamais pensou
em ter.
Tinha encontrado
um problema,
um amor
que valia a pena,
que acabava de acontecer.
Na manhã seguinte,
acordou sozinho
e sem os pés no chão.
No aplicativo,
o tinder dela
era falso,
e o rapaz ficou muito mal.
Ela sumiu sem deixar pista,
hoje ele é um monge budista,
celibatário,
no Nepal.
pra entender do riscado,
encontrou até um professor.
A roupa e o gesto calculado,
pra dar tudo certo e nada errado,
e encontrar o seu amor.
O perfume que melhor lhe
coubesse, o style que acontece,
o jeito certo de pegar
na mão.
Procurava a mulher perfeita
pro mundo que ele traçou.
Carro do ano, apê nos Jardins,
restaurantes de requinte,
sofá italiano,
cama com lençóis de mil fios.
Música ensaiada
nos passos que ela dava,
palavra por palavra,
tim tim por tim tim.
Mas a garota do tinder,
apareceu sem a bolsa Gucci,
o vestido Pucci, e as mãos pintadas
de vermelho carmim.
Ficou pelada no meio da sala,
unha cor da pele
despenteada,
tão
logo voltara com o vinho.
O perfume que ela usava,
de Chanel
não tinha nada,
era lavanda de Alfazema,
com hidratante infantil.
O rapaz encabulado,
se afogou em seus afagos,
esquecendo na vida,
uma vida que jamais pensou
em ter.
Tinha encontrado
um problema,
um amor
que valia a pena,
que acabava de acontecer.
Na manhã seguinte,
acordou sozinho
e sem os pés no chão.
No aplicativo,
o tinder dela
era falso,
e o rapaz ficou muito mal.
Ela sumiu sem deixar pista,
hoje ele é um monge budista,
celibatário,
no Nepal.
segunda-feira, 1 de junho de 2015
Fome
Fome de amor de sexo,
animaliza,
posto que alivia,
não basta.
Fome de amor do amplexo,
termina no dia
que o prato chega,
sustância é tanta,
que não precisa de sobremesa.
animaliza,
posto que alivia,
não basta.
Fome de amor do amplexo,
termina no dia
que o prato chega,
sustância é tanta,
que não precisa de sobremesa.
- Zé, vamo na festa?
- Num vô, não. Mirando um céu perdido, suspira:
- Que as fagúia de São Jão,
alumie a cabeça docê, pra ma de ter uma noite bela, que esta, vai ser eu mais a Lua, aqui da janela.
- Brigado, Zé!
- De nada, Tião!
- Manda bejo pra ela! E gargalha.
- Manda ocê, pruveita que ela tá te vendo.
- Num vô, não. Mirando um céu perdido, suspira:
- Que as fagúia de São Jão,
alumie a cabeça docê, pra ma de ter uma noite bela, que esta, vai ser eu mais a Lua, aqui da janela.
- Brigado, Zé!
- De nada, Tião!
- Manda bejo pra ela! E gargalha.
- Manda ocê, pruveita que ela tá te vendo.
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