sexta-feira, 8 de maio de 2015

Hoje eu resolvi digitar o que estava preso na garganta. Algumas palavras não conseguiram fugir, outras quiseram se esconder. Teve palavra que perdeu a palavra. Palavra sem boca, palavra desbocada. Algumas palavras foram engolidas, dissolvidas, represadas. Outras fizeram escalada, e encontraram um lugar no miocárdio. É ali, que ficamos sem palavras, sentam num ponto de fuga. A garganta dissolve o nó, e elas fogem.

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