quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Outro dia

Outro dia
ouvi
de quem se diz
que muito sabe,
que achasse normal
pequenas crueldades,
nesses dias diz que me dizes,
foi então que eu fiz
um conto,
que abriu um ponto
na minha pele,
sobre o tudo
que penso sobre o assunto,
nele, digo que fujo,
fujo loucamente dessa
normalidade,
fujo muito,
sem saudade,
e não me omito
ao ver o banalizar
das fraquezas alheias,
é com a certeza
então
que peço ao meu corpo fraco,
como a folha seca e o farrapo,
que esfarela inteiro
o meu ego,
que ele seja meu ponto cego,
que permeia
e sente,
infelizmente,
a dor
que o outro sente.
É pra isso que fico inteira,
de repente.
A hora que eu quero,
ser mais
pessoa
do que gente.

Nenhum comentário:

Postar um comentário