domingo, 11 de agosto de 2013

Um pai que chega nos olhos

Esta semana eu acompanhei a ansiedade num olho puxadinho, de uns cinco anos, perto da catraca de entrada do metrô, de um lugar que por conta das gentes que ali passam, poderia se chamar realmente Paraíso. 
A mãe, com um cordão nos olhos, falava com uma língua que parecia chinês ou koreano, que eu também não sei, mas não precisaria de legendas, pois assistia um clássico na hora do rush, um menino que dançava e lutava, e pela entonação e gestos, perguntava pelo pai. Fui embora sem ver sua chegada, mas não precisava. Fui com a vontade de um abraço apertado no meu, de todas as vezes que o esperei e de todas as vezes que ainda o espero.

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