Azulejaram de azul,
e as telhas do céu,
ficaram blue.
Poesia, textos e todas expressões que surgirem para partilhar, sempre depois que a Lua me tocar.
quarta-feira, 31 de julho de 2013
Não dorme bem
Com um bem,
que não conheço, sonhei.
Sonhei, que assim como eu,
sem um começo, ainda não dorme bem.
que não conheço, sonhei.
Sonhei, que assim como eu,
sem um começo, ainda não dorme bem.
terça-feira, 30 de julho de 2013
De-sencontros
Aprendi a respeitar desencontros,
depois de uns tantos.
Sei que desencontros,
em todos os cantos,
são encontros de encantos,
que ainda não estão prontos.
depois de uns tantos.
Sei que desencontros,
em todos os cantos,
são encontros de encantos,
que ainda não estão prontos.
Na média
Na média de tudo um muito,
na média de nada um pouco.
E a média continua indo bem,
com pão e manteiga.
na média de nada um pouco.
E a média continua indo bem,
com pão e manteiga.
segunda-feira, 29 de julho de 2013
E as nuvens fugiram
Hoje, as nuvens fugiram de vento.
O Sol ficou sozinho.
O céu deu cobertura,
e os óculos escuros tomaram conta da Terra.
O Sol ficou sozinho.
O céu deu cobertura,
e os óculos escuros tomaram conta da Terra.
domingo, 28 de julho de 2013
quinta-feira, 25 de julho de 2013
terça-feira, 23 de julho de 2013
Intimi-dade
Pé ante pé,
conhece-se a mão,
mas não conhece o pé.
Ensaia o coração até saber,
se vai pedir a mão, ou vai pedir o pé.
conhece-se a mão,
mas não conhece o pé.
Ensaia o coração até saber,
se vai pedir a mão, ou vai pedir o pé.
domingo, 21 de julho de 2013
João e Cinira, e depois Maria José
João e Cinira, namoraram tanto,
até virar a tampa e a panela um do outro.
Dava gosto ver tanto grude!
Era isso que a vizinhança falava amiúde.
Mas o casório durou pouco.
Em um dia, Cinira definhou,
do rosa para o branco,
e João ficou viúvo de uma vez.
O povo falava que João não aguentaria,
viver sem sua metade,
sua companheira, sua santinha!
E João que não era de beber,
começou a ir pro bar.
A melancolia marvada,
fazia dele risos e choradeira.
O coitado acreditava, na cura pela bebedeira.
Os amigos tentaram ajudar,
grupo de oração, médico, tudo em vão!
Eis que numa noitada, no bar,
olhando pelo copo, viu Maria José,
pela porta atravessar.
E ela tirou o copo dele das mãos, sorrindo.
E foi Maria José quem tirou
o corpo do João, do chão.
A Maria José, que nunca teve um João.
O João que andava dormindo.
E não demorou para correr a notícia,
e o povo cheio de malícia,
vendo Maria José chegar pelos braços,
na casa de João.
Agora a mulher da vida, era mulher da vida de João.
Dois anos depois, ganharam uma menina,
que batizaram de Cinira.
Dizem que João, nunca esqueceu sua santinha,
mas quem devolveu sua fé, com sua força de mulher,
foi ela, a sua segunda esposa, Maria José.
até virar a tampa e a panela um do outro.
Dava gosto ver tanto grude!
Era isso que a vizinhança falava amiúde.
Mas o casório durou pouco.
Em um dia, Cinira definhou,
do rosa para o branco,
e João ficou viúvo de uma vez.
O povo falava que João não aguentaria,
viver sem sua metade,
sua companheira, sua santinha!
E João que não era de beber,
começou a ir pro bar.
A melancolia marvada,
fazia dele risos e choradeira.
O coitado acreditava, na cura pela bebedeira.
Os amigos tentaram ajudar,
grupo de oração, médico, tudo em vão!
Eis que numa noitada, no bar,
olhando pelo copo, viu Maria José,
pela porta atravessar.
E ela tirou o copo dele das mãos, sorrindo.
E foi Maria José quem tirou
o corpo do João, do chão.
A Maria José, que nunca teve um João.
O João que andava dormindo.
E não demorou para correr a notícia,
e o povo cheio de malícia,
vendo Maria José chegar pelos braços,
na casa de João.
Agora a mulher da vida, era mulher da vida de João.
Dois anos depois, ganharam uma menina,
que batizaram de Cinira.
Dizem que João, nunca esqueceu sua santinha,
mas quem devolveu sua fé, com sua força de mulher,
foi ela, a sua segunda esposa, Maria José.
sábado, 20 de julho de 2013
Bolha de sabão
Respingada, ia avoada,
sem nenhuma precisão.
Ia embolada, caramelizada,
pulsando de susto.
Espectro, mas ia feliz,
sem saber,
voar sem ser um ser.
Se via, e lá se ia,
e não se vê mais, como se foi,
a bolha de sabão.
sem nenhuma precisão.
Ia embolada, caramelizada,
pulsando de susto.
Espectro, mas ia feliz,
sem saber,
voar sem ser um ser.
Se via, e lá se ia,
e não se vê mais, como se foi,
a bolha de sabão.
sexta-feira, 19 de julho de 2013
O mistério do pé e o saco
Uma pomba na calçada, perto do farol,
no sentido de algum bairro, parava de
comer algo não identificado dentro de um saco,
cada vez que um pé passava na sua frente.
no sentido de algum bairro, parava de
comer algo não identificado dentro de um saco,
cada vez que um pé passava na sua frente.
quinta-feira, 18 de julho de 2013
quarta-feira, 17 de julho de 2013
É o Sol quem conta
O Sol, conta as horas, desde que acorda.
Pra se esconder de se encontrar
com a Lua.
Foto Rodrigo Moreno
Pra se esconder de se encontrar
com a Lua.
Foto Rodrigo Moreno
terça-feira, 16 de julho de 2013
Tapeçaria
Quando o amor passa,
passa por você,
transpassa o amor.
O amor faz tapeçaria,
quando vai embora,
faz magia,
vira um tapete voador.
transpassa o amor.
O amor faz tapeçaria,
quando vai embora,
faz magia,
vira um tapete voador.
E faz fumaça
Olhos pequenos achando graça,
do frio e calor saindo fumaça,
e ninguém botou fogo em nada!
do frio e calor saindo fumaça,
e ninguém botou fogo em nada!
segunda-feira, 15 de julho de 2013
Em-patia
Empatia, sentir sem estar.
É pelo desperto,
a alegria,
a dor e a paz, e o aperto.
Fora da pele, bem aqui perto.
Sem cercas,
o outro nos espelha,
descobertos.
É pelo desperto,
a alegria,
a dor e a paz, e o aperto.
Fora da pele, bem aqui perto.
Sem cercas,
o outro nos espelha,
descobertos.
sábado, 13 de julho de 2013
Foi fogo
A paixão sentiu, coração pegou fogo.
E de água pra apagar.
Sem água pra chegar, acabou logo.
E de água pra apagar.
Sem água pra chegar, acabou logo.
quinta-feira, 11 de julho de 2013
quarta-feira, 10 de julho de 2013
domingo, 7 de julho de 2013
sexta-feira, 5 de julho de 2013
Os pés pelas mãos
Errou todas as mãos, mas conseguiu pisar com os pés.
Acertou no tom do terno, mas carregou no perfume.
Falou mais na hora que pediam silêncio.
Insistiu demais, depois precisou de lenço.
Errou, mas tentaria algo novo.
E os pés se entenderam com as mãos,
no final daquele jogo.
Acertou no tom do terno, mas carregou no perfume.
Falou mais na hora que pediam silêncio.
Insistiu demais, depois precisou de lenço.
Errou, mas tentaria algo novo.
E os pés se entenderam com as mãos,
no final daquele jogo.
Arvorear
Tronco sem raízes, braços sem galhos e folhagens,
mas se enfrentarmos a vida como as árvores,
seremos felizes de coragem.
mas se enfrentarmos a vida como as árvores,
seremos felizes de coragem.
quinta-feira, 4 de julho de 2013
quarta-feira, 3 de julho de 2013
Passaram o rodo
O Rodoanel levou árvores, plantas
aves, bichos, casas, ruas, avenidas
e o trem aqui parado, vendo tudo isso.
aves, bichos, casas, ruas, avenidas
e o trem aqui parado, vendo tudo isso.
Descobertos
Aprendi em junho, que cidadania se aprende com empatia. Se eu não entendo e sinto, ou tento sentir o que o outro sente, eu não vou entendê-lo, não vou respeitá-lo, não vou ser alguém que me importo com o próximo e o coletivo. A vida do outro, que está ao lado, pode ficar do nosso lado. Ouvi tantos desabafos, de madames que não entenderam os 20 centavos, a madames que entendem e sabem o que passam seu empregados, de empregados que entendem e patrões que não, de empregados que não entendem, de pessoas que diziam, "quem mandou eles subirem para a Avenida Paulista?". Vi profissionais liberais e estudantes e tantos mais, fazendo mais que um número teatral, se arriscando para falar em nome do outro, dos manos e das minas, que nem todos sabem da dificuldade e da distância que é poder estar ali, naqueles horários das manifestações. Eu não fiquei com raiva de alguns comentários, senti pena de ouvir a falta que é não estar na pele do outro e daqueles que há anos estão no poder, e pelo poder esqueceram, ou nunca pegaram fila e trem lotado, não sabem quanto custa um pãozinho e uma cesta básica no final das contas, e nem quem somos nós, que precisamos urgente e há muitos anos, de um poder público eficiente, que saiba dialogar na prática com a população, sem fingir que está tudo bem. Agora todos nós, que passamos pelos centros das cidades, acessos privilegiados, onde normalmente vão os carros, os ônibus e nossos vinte mil centavos, sentimos na pele a tensão que é na periferia a questão da segurança pra essas regiões, o tratamento que tivemos e o despreparo, a violência e a solidariedade, todos andando juntos para se proteger. Isto é empatia, sentir também a dor e o aperto que é a vida do outro, bem aqui perto, sem cerca. Fomos descobertos.
terça-feira, 2 de julho de 2013
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