Um tempo sem demandas,
sem promessas, sem emendas.
Um tempo que só o tempo entrega encomendas.
Poesia, textos e todas expressões que surgirem para partilhar, sempre depois que a Lua me tocar.
sexta-feira, 31 de maio de 2013
Olhos que se abraçam
São os mesmos olhos que se molham nos meus.
Os mesmos olhos que me lembro quando fecho,
pois de olhos bem abertos,
sei que ainda não são os olhos seus.
Procuro olhos de óleos abençoados.
Procuro olhos de laços.
Procuro olhos no espaço.
Procuro olhos que se abraçam.
Procuro olhos que se abram nos meus braços.
Os mesmos olhos que me lembro quando fecho,
pois de olhos bem abertos,
sei que ainda não são os olhos seus.
Procuro olhos de óleos abençoados.
Procuro olhos de laços.
Procuro olhos no espaço.
Procuro olhos que se abraçam.
Procuro olhos que se abram nos meus braços.
quinta-feira, 30 de maio de 2013
quarta-feira, 29 de maio de 2013
terça-feira, 28 de maio de 2013
Uma nova velha dança em Si
São novos ares, velhas vontades.
Luas de outros astros, girando em torno da nota Si.
A Lua nova que assiste a dança,
se retira, antes que o baile chegue ao fim.
Luas de outros astros, girando em torno da nota Si.
A Lua nova que assiste a dança,
se retira, antes que o baile chegue ao fim.
Faltou um real para levar um sonho
Faltou um real para levar um sonho,
sonhado com alguém,
que sonhasse junto também.
O conto de um sonho,
que nas contas,
era feito de um sonho confeito,
feito de menos um.
No sonho, faltava apenas um real,
pra levar um sonho em comum.
sonhado com alguém,
que sonhasse junto também.
O conto de um sonho,
que nas contas,
era feito de um sonho confeito,
feito de menos um.
No sonho, faltava apenas um real,
pra levar um sonho em comum.
domingo, 26 de maio de 2013
A Violeta
-Mãe! Vem o aflito João, correndo para os braços da Tereza, voltando da escola.
-Fala menino!
-Estou triste, agora quero me sentar sempre perto da Ana.
-E qual o problema nisso, querido?
-Ela olha para o Marcos, não quer saber nada comigo.
-Filho, sentimento tem dessas coisas.
-E qual o segredo, mãe? Me ensina, pois isso dói bem aqui.
Pousando a mão no coração do filho, no lugar aonde
está morando, sem permissão, seu primeiro amor.
-Não tenha expectativas, cuide desse sentimento com carinho,
olha agora a violeta que eu te dei...Mas João não espera explicação:
-A violeta não tem violeto, né mãe? E ela é feliz assim mesmo,
entendi mãe, mas continua doendo.
-Fala menino!
-Estou triste, agora quero me sentar sempre perto da Ana.
-E qual o problema nisso, querido?
-Ela olha para o Marcos, não quer saber nada comigo.
-Filho, sentimento tem dessas coisas.
-E qual o segredo, mãe? Me ensina, pois isso dói bem aqui.
Pousando a mão no coração do filho, no lugar aonde
está morando, sem permissão, seu primeiro amor.
-Não tenha expectativas, cuide desse sentimento com carinho,
olha agora a violeta que eu te dei...Mas João não espera explicação:
-A violeta não tem violeto, né mãe? E ela é feliz assim mesmo,
entendi mãe, mas continua doendo.
Pra quem mora longe
Longe é um lugar pra quem não desiste de chegar.
Quando alguém gosta de você, por mais distante
que possa se viver, vai dizer que é perto.
Quando alguém gosta de você, por mais distante
que possa se viver, vai dizer que é perto.
Venha o que vier
O que veem,
e vem,
de dentro da gente,
o que vier dos outros,
se a gente aceitar,
é presente.
e vem,
de dentro da gente,
o que vier dos outros,
se a gente aceitar,
é presente.
sábado, 25 de maio de 2013
Da minha verdade de mentiras
Sonhei, deixei de dormir, desacreditei,
quando reli, tanta má-criação.
A mandíbula seguia cerrada, enquanto esperava,
palavras corridas, que algumas vezes diziam,
outras não me diziam nada.
Fui contando os rosários, as alegrias, os itinerários.
Adolescia, voltava ao princípio, voltava ao fim,
ia me esquecendo de você,
e voltava cansada, ao início de mim.
quando reli, tanta má-criação.
A mandíbula seguia cerrada, enquanto esperava,
palavras corridas, que algumas vezes diziam,
outras não me diziam nada.
Fui contando os rosários, as alegrias, os itinerários.
Adolescia, voltava ao princípio, voltava ao fim,
ia me esquecendo de você,
e voltava cansada, ao início de mim.
Amor igual ao de todo mundo
Amor que nem o meu, tem.
e não tem pouco.
Que e eu sou como qualquer outro,
que sabe de si muito pouco.
e não tem pouco.
Que e eu sou como qualquer outro,
que sabe de si muito pouco.
sexta-feira, 24 de maio de 2013
Camuflagem
Galhos, troncos e folhas,
se misturam com roupas, cobertores e frutas.
São a cobertura, dos moradores de rua.
se misturam com roupas, cobertores e frutas.
São a cobertura, dos moradores de rua.
quinta-feira, 23 de maio de 2013
Bandeira da cor de assim seja
Alguém que levanta, para que alguém pare,
ombro no ombro,
por hombridade,
que seja levantada,
mesmo na hora descuidada,
por caridade.
ombro no ombro,
por hombridade,
que seja levantada,
mesmo na hora descuidada,
por caridade.
Pombinha dançarina
Pombinha fez festa no pé,
pombinha dançou bonito no chão,
pombinha parou de dançar,
pombinha queria um pedaço de pão.
pombinha dançou bonito no chão,
pombinha parou de dançar,
pombinha queria um pedaço de pão.
Caminho suave
Palavras que ferem ou machucam,
use a borracha, coloque algumas reticências,
tire os óculos e esqueça na gaveta.
Palavras que ferem, na porta do banheiro, no intervalo, ou na carteira,
não nos cabe acreditar, quando a gente crescer, nem de brincadeira.
Maira Garcia
use a borracha, coloque algumas reticências,
tire os óculos e esqueça na gaveta.
Palavras que ferem, na porta do banheiro, no intervalo, ou na carteira,
não nos cabe acreditar, quando a gente crescer, nem de brincadeira.
Maira Garcia
terça-feira, 21 de maio de 2013
Trova-dor
Amou, e não interessou ao interessado,
que enfadado lhe rotulou como fã.
Acostumado ao show, a convidada ele não perdoou.
E nas rimas descontinuadas, na saída foi embalada,
pelas palavras rasgadas, pela ausência do som,
do pedestal e do homem que ela não encontrou no chão.
que enfadado lhe rotulou como fã.
Acostumado ao show, a convidada ele não perdoou.
E nas rimas descontinuadas, na saída foi embalada,
pelas palavras rasgadas, pela ausência do som,
do pedestal e do homem que ela não encontrou no chão.
segunda-feira, 20 de maio de 2013
Se pudesse escrever seu ciúmes, você ia ver
Se pudesse
escrever, como gostaria de fazer,
sentiria ciúmes, das palavras que tenho pra você.
sentiria ciúmes, das palavras que tenho pra você.
Muito obrigado, muito obrigada!
Com as duas formas de agradecer, a oficial e a visivelmente feminina,
agradeço você que vem aqui me ver através das palavras.
Sinto que reverberam e me trazem de volta o melhor de vocês!
O meu, o nosso, muito obrigada, por escrever,
sempre motivada pela sua visita.
Maira Garcia
agradeço você que vem aqui me ver através das palavras.
Sinto que reverberam e me trazem de volta o melhor de vocês!
O meu, o nosso, muito obrigada, por escrever,
sempre motivada pela sua visita.
Maira Garcia
domingo, 19 de maio de 2013
Do seu lado.
Ouvem nossos passos, nossas músicas, nossos gritos, arrastar de móveis,
nossos silêncios fingidos, nossas alegrias indecifráveis,
bater de portas, nossos gemidos.
Sentem o cheiro do peixe frito, o assar do bolo,
o latido, o miar piar dos bichos, xingamentos, alarmes da casa,
do despertador, da dor. Sabemos quando muito seus nomes, o número de
onde moram. Quase todos os predicados para serem nossos amigos,
mas muitas vezes, como o mundo é bem complicado, isso não acontece,
com nossos vizinhos.
nossos silêncios fingidos, nossas alegrias indecifráveis,
bater de portas, nossos gemidos.
Sentem o cheiro do peixe frito, o assar do bolo,
o latido, o miar piar dos bichos, xingamentos, alarmes da casa,
do despertador, da dor. Sabemos quando muito seus nomes, o número de
onde moram. Quase todos os predicados para serem nossos amigos,
mas muitas vezes, como o mundo é bem complicado, isso não acontece,
com nossos vizinhos.
Exame conclusivo
O Doutor foi incisivo:
- Seu amor acabou, está escrito na terceira linha,
foi por falta de instinto.
- Seu amor acabou, está escrito na terceira linha,
foi por falta de instinto.
sábado, 18 de maio de 2013
Você foi pego
Se o perfume que te enjoa ficou bom,
se aquele som que você odeia anda cheio de graça,
no tom.
Se jiló enche tua boca de saliva.
Você anda abraçando Deus e o mundo inteiro?
Anda com frio na barriga?
Passa a mão no braço, verifica se tem um chip implantado.
Você foi pego, pelo extra-amor terreno...
se aquele som que você odeia anda cheio de graça,
no tom.
Se jiló enche tua boca de saliva.
Você anda abraçando Deus e o mundo inteiro?
Anda com frio na barriga?
Passa a mão no braço, verifica se tem um chip implantado.
Você foi pego, pelo extra-amor terreno...
A perder pela ironia
A ironia do presente
que sempre lhe dava,
por ironia do presente,
que lhe deixava,
que se ia, se cansava.
Por ironia, antes de esquecer,
e assim mesmo se esquecia que doía,
mas perdoava, pois nos finais das palavras
se aquecia.
que sempre lhe dava,
por ironia do presente,
que lhe deixava,
que se ia, se cansava.
Por ironia, antes de esquecer,
e assim mesmo se esquecia que doía,
mas perdoava, pois nos finais das palavras
se aquecia.
sexta-feira, 17 de maio de 2013
Nó em cavalo
Cavalo que é cavalo,
não gosta de ficar amarrado.
Quem amarra, e resiste, vai ter cavalo triste.
não gosta de ficar amarrado.
Quem amarra, e resiste, vai ter cavalo triste.
quinta-feira, 16 de maio de 2013
Acordados
Enquanto os sonhos nos visitam nos sonhos,
duvidamos que dormimos.
Quando levantamos, nos beliscamos,
pra acordar dos sonhos que fugiram.
duvidamos que dormimos.
Quando levantamos, nos beliscamos,
pra acordar dos sonhos que fugiram.
Sonhos acordados
Enquanto os sonhos nos visitam nos sonhos,
duvidamos que dormimos.
Quando levantamos, nos beliscamos,
pra acordar dos sonhos que fugiram.
duvidamos que dormimos.
Quando levantamos, nos beliscamos,
pra acordar dos sonhos que fugiram.
quarta-feira, 15 de maio de 2013
Cada qual
Uma bola na enxurrada,
não dá para alcançar.
Somos nós nos despedindo,
que é pra se lavar,
pra se levar.
No meio da água,
não há lágrima,
não tem mágoa,
não tem jogo.
É banho de Yemanjá.
não dá para alcançar.
Somos nós nos despedindo,
que é pra se lavar,
pra se levar.
No meio da água,
não há lágrima,
não tem mágoa,
não tem jogo.
É banho de Yemanjá.
terça-feira, 14 de maio de 2013
segunda-feira, 13 de maio de 2013
O final das contas
Se eu não contar os dias,
para te ver,
as contas me contam,
se eu me esquecer.
Maira Garcia
para te ver,
as contas me contam,
se eu me esquecer.
Maira Garcia
domingo, 12 de maio de 2013
Filhos da mãe
O entonar malicioso,
esconde uma das verdades mais lindas,
de onde viemos e de onde somos.
Que nas palavras do ser.
venham a nascer,
quando a gente crescer,
palavras benditas.
sexta-feira, 10 de maio de 2013
quarta-feira, 8 de maio de 2013
Kilogramas de amor
O amor na balança, nunca tem a mesma medida,
é o contrapeso, é a contradança,
de um lado, com o peso e a leveza do outro.
O que todo mundo faz, e agora, em silêncio se imaginou.
O que todo mundo faz, e publicamente se mostrou.
Do tanto faz, do menos faz.
De todos que fazem, o melhor que fazem,
pelo amor.
é o contrapeso, é a contradança,
de um lado, com o peso e a leveza do outro.
O que todo mundo faz, e agora, em silêncio se imaginou.
O que todo mundo faz, e publicamente se mostrou.
Do tanto faz, do menos faz.
De todos que fazem, o melhor que fazem,
pelo amor.
terça-feira, 7 de maio de 2013
E a estória que não começa.
Uma estória tem começo.
E uma estória que não começa?
Não tem meio.
Não tem fim.
Descontando o futuro,
olhando o mundo lá fora,
e agora, conta pra mim?
Com medo de começar a contar,
que o mundo é duro.
Respeitar a estória,
deixar que ela se esvazie,
colocar pra dormir no escuro.
Fazer cafuné, se distrair,
até cair num sono profundo,
e fazer o sonho de alguém,
que tenha a coragem de começar a contar,
pela primeira vez,
uma estória que um dia vem.
E uma estória que não começa?
Não tem meio.
Não tem fim.
Descontando o futuro,
olhando o mundo lá fora,
e agora, conta pra mim?
Com medo de começar a contar,
que o mundo é duro.
Respeitar a estória,
deixar que ela se esvazie,
colocar pra dormir no escuro.
Fazer cafuné, se distrair,
até cair num sono profundo,
e fazer o sonho de alguém,
que tenha a coragem de começar a contar,
pela primeira vez,
uma estória que um dia vem.
Rapa-dura
A ironia vem como um beijo roubado,
adocicado com levedura,
que passa como um doce pela boca,
que se mastiga que nem rapadura.
adocicado com levedura,
que passa como um doce pela boca,
que se mastiga que nem rapadura.
segunda-feira, 6 de maio de 2013
domingo, 5 de maio de 2013
Nesse dia que precisa ser esquecido
Nesse dia que precisa ser esquecido,
eu teria te agarrado, como nunca fizeram comigo.
Nesse dia que precisa ser esquecido,
eu levei minhas palavras, que foram devidamente guardadas,
quando eu comecei a te ouvir.
Nesse dia que precisa ser esquecido,
eu te abraçaria, para sentir
o perfume que não soube distinguir.
Nesse dia que precisa ser esquecido,
voltaria pra casa, me arrumaria melhor e voltaria com meu vestido mais bonito.
Nesse dia que precisa ser esquecido, eu teria me confessado,
olhando no fundo dos teus olhos, pois olhar direito você, eu tentei, mas não consegui.
Nesse dia que precisa ser esquecido, eu teria mentido, dizendo que te amava,
mas isso aconteceu logo depois,
do não acontecido nada,
e você ter virado um anjo pra mim.
eu teria te agarrado, como nunca fizeram comigo.
Nesse dia que precisa ser esquecido,
eu levei minhas palavras, que foram devidamente guardadas,
quando eu comecei a te ouvir.
Nesse dia que precisa ser esquecido,
eu te abraçaria, para sentir
o perfume que não soube distinguir.
Nesse dia que precisa ser esquecido,
voltaria pra casa, me arrumaria melhor e voltaria com meu vestido mais bonito.
Nesse dia que precisa ser esquecido, eu teria me confessado,
olhando no fundo dos teus olhos, pois olhar direito você, eu tentei, mas não consegui.
Nesse dia que precisa ser esquecido, eu teria mentido, dizendo que te amava,
mas isso aconteceu logo depois,
do não acontecido nada,
e você ter virado um anjo pra mim.
sábado, 4 de maio de 2013
Folhas para bater as asas de Cai Guo-Qiang
Pólvora da China,
Pólvora criou folhas que deram asas,
deixou de vez sua sina.
Maira Garcia
Pólvora criou folhas que deram asas,
deixou de vez sua sina.
Maira Garcia
sexta-feira, 3 de maio de 2013
Cantar do Livramento.
Livramento,
que doído de cantar!
Então que saia, para que possa partir.
Fica num canto,
que se avoa para que outros cantos possam se ouvir.
Que outro canto, no passarinheiro,
logo mais, logo menos,
ecoa a surgir.
que doído de cantar!
Então que saia, para que possa partir.
Fica num canto,
que se avoa para que outros cantos possam se ouvir.
Que outro canto, no passarinheiro,
logo mais, logo menos,
ecoa a surgir.
quinta-feira, 2 de maio de 2013
Marcas na água.
O perdão e o arrependimento enobrece,
mas quem fez ou recebeu,
o que se perdoou
e se arrependeu,
não se esquece.
mas quem fez ou recebeu,
o que se perdoou
e se arrependeu,
não se esquece.
Atrope-lamento
Voando foi o homem que caiu, quem atropelou não viu,
e sem saber abraçou e viu todo sangue escorrer.
Quem esteve lá, na hora do chão, não acreditou e segurou,
até o resgate chegar, e em meia hora chegou.
Quem esperou, foi como um gol, que dá muita vontade de chorar.
e sem saber abraçou e viu todo sangue escorrer.
Quem esteve lá, na hora do chão, não acreditou e segurou,
até o resgate chegar, e em meia hora chegou.
Quem esperou, foi como um gol, que dá muita vontade de chorar.
quarta-feira, 1 de maio de 2013
Causa da estranheza
A vida é estranha.
E parte dela, desfazer a estranheza.
A nós, cabe a compaixão em vivê-la.
E parte dela, desfazer a estranheza.
A nós, cabe a compaixão em vivê-la.
Primeiro de maio
Primeiro de maio,
só pra lembrar do trabalho.
Depois de primeiro de abril,
que ainda são coisas do Brasil.
só pra lembrar do trabalho.
Depois de primeiro de abril,
que ainda são coisas do Brasil.
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