quarta-feira, 24 de abril de 2013

Mari-posa.

Estava caminhando no metrô, antes de pegar a escada sentido Tucuruvi, mas antes eu vi algo que parecia um broche prateado fosco, de cores escondidas pelas asas. Era uma mariposa. Me inclinei perto dela, soprei e nada. Resolvi tocá-la. Meio quebrada que se mexeu, foi adiantando-se em cima do papel, que em mim doeu. Pressenti seu fim. Atrás de toda aquela gente, uma enorme estátua de uma mulher deitada. Ali estaria segura, e se não insistisse mais voar, ficaria livre para sempre, de todos os pés.

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