quinta-feira, 14 de março de 2013

Blues da inocência (habemus blues)

Me ensinaram a não acreditar em Deus,
para que ele acreditasse em mim.
Eu ouvi isso de um velho ateu,
que vivia muito perto daqui.

Não há maldade dentro de mim,
não há maldade dentro de mim.

Eu andei o mundo a fora,
pro meu mundo ter sentido pra mim,
eu rodei sem ter medo embora,
nunca esquecesse as pessoas de mim.

O que foi bom, eu me lembro agora,
o que não foi, eu esqueço assim.

Não há maldade dentro de mim,
não há maldade dentro de mim.

Pra seguir eu deixei muito amor,
se eu ficasse não iria seguir.
Fui sincero nunca causei a dor,
distribui com carinho e jasmim.

Não há maldade dentro de mim,
não há maldade dentro de mim.

E o trabalho nunca me faltou,
em muitas casas e barracos vivi.
A juventude num segundo passou,
virei o velho que hoje canta assim.

Não há maldade dentro de mim,
não há maldade dentro de mim.


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