sábado, 3 de novembro de 2012

Um quarto de horas.

Corpos se derretiam em colheres de
variados sorvetes,
e no calor dos tecidos,
dos exercícios,
iam se imprimindo
 de cores fortes nas paredes.
 Tantas e tantas vezes,
que um afresco quente
foi surgindo num painel
daquele quarto de horas.
Eis que um dia,
a solidão dos famintos,
 atravessou em carimbo,
o outro lado da parede.
No alto do prédio,
podia-se ver
um desenho de um avolumado
sentimento sem nexo.
Gravado na memória
de tanto açoite,
de tanto sexo.

Maira Garcia

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