domingo, 25 de novembro de 2012

O Natal da Sé que ninguém quer ver.

A praça mais linda que já vi nessa cidade, perde apenas para as cores e adornos do Natal da Avenida Paulista, protegida com mais gente, família e polícia. A Praça da Sé, já foi de outros capitais, continua e sempre será da Catedral, mas sofre pela pouca fé de nossos antigos e atuais barões. Tirando o que precisa ser visto e agasalhado na praça, do simples ao imperial de suas Palmeiras que torcem pela vida que ali resiste, elas, as Palmeiras, estão vestidas de pisca-pisca amarelo, que não piscam, fazendo do menos seu mais. 
A Praça da Sé no Natal, se apresenta com uma passarela digna de São Paulo Fashion Week e quem quiser ver, antes das nove horas da noite, quando é mais seguro, não vai se arrepender ao enxergar sua simplicidade luminosa. Após esse horário, evitado por muitos, mulheres são iluminadas para circular em sua honrosa e necessária função, observadas cada qual com seu cafetão, concorrendo com as novas Amys sem house, que estão lá pelas pedras que não são de Swarovski porque poderão morrer antes de chegar na 25 de março. As meninas, que valem muito mais que qualquer ouro de tolo, na madrugada, perambulam perto da Rua do Ouro, estão lá para evitar que seus amores vampiros não roubem o tesouro escondido de quem passa correndo, piscando pela praça da Sé, nas primeiras horas da manhã.


Maira Garcia


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