sábado, 6 de outubro de 2012

De ouro

Adoro-te,
douro-te,
e me faço uma joia de você.
Joia de escravidão,
quero não.
Escolhi da libertação,
aquela que as pulseiras se abrem,
douram o céu de janeiro até dezembro,
no hemisfério azul.
Joia do eu me lembro,
joia de doação.
Indo guardada na caixa dos abraços,
sem remetente.
Está chegando sem laços, aberta,
coberta de coração.

Um dia, sem joia, sem lira,
a gente se vê.

Maira Garcia


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