quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Sombrinha de São Jorge no Centro de tudo.

A sombrinha passava na calçada da Rua Boa Vista, perto do meio dia, e o rapaz das bolsas de valores que restaram no centro de São Paulo, ia a fumar em comboio com seus colegas. Quando isso se passava, era um não aguento daqueles!
E lá se via a sombrinha, que sumia até chegar no Pátio do Colégio, todo santo dia para almoçar. Um meio dia desses, de rachar sem proteção, quando ela passeava de Lua, ele resolveu estacionar em seu guarda-sol, para descobrirem seus rostos.
Se enroscaram, de pronto, ela fechou seu arsenal de pele, que de tão branca ofuscou os olhos do moreno.  A noite do mundo ficou muito pequena, e feito ponta de lança de uma sombrinha que sempre vinha, voaram juntos até a Lua de São Jorge, na parte escura, aonde se pode namorar em segurança, em pleno Centro de um santo enorme chamado São Paulo. 

                                                    Maira Garcia

                           

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