Gerada embaixo da lona,
pai de circo
e mãe bailarina da cidade.
Lona baixada,
foi-se embora o pai da menina.
Mãe dançando o pai toda noite,
Pierina cresceu sem saudade.
Pai voltando, a moça bailou
com quem se sabia existia.
Foram levados dentro de uma sexta,
o pai, a mãe e a filha.
Lá fora, tomados nos braços
do viço de esperanto,
sopraram a lona reforçada
de encanto,
que voou tanto
para ser armada no céu
da mãe da cidade
o laço forte de um pai de circo
junto ao ouvido
dançarino
de Pierina que desde
muito,
desde sempre,
aprendeu de escutar seu
viver sem saudade.
Por Maira Garcia
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