O Cambuci,
do bus,
eu vejo paredes.
Das paredes vejo paisagens vaporizadas,
pedaços da cidade aerografada.
Nas milhões de vezes que não leio nada,
em seu trajeto,
vejo o Cambuci e suas paredes.
Do carro nem é tão legal,
andando pode ser um pouco mais.
É lá dentro no banco, ao lado da janela,
que todas as milhões de vezes,
tenho em suas paredes
a viagem e
a grande parada.
Maira Garcia
Poesia, textos e todas expressões que surgirem para partilhar, sempre depois que a Lua me tocar.
quarta-feira, 25 de janeiro de 2012
quinta-feira, 19 de janeiro de 2012
Jogo de memória
Fiz
de um tudo
pra não esquecer
de nada.
Agora preciso lembrar
de quem eu sou.
Por Maira Garcia
de um tudo
pra não esquecer
de nada.
Agora preciso lembrar
de quem eu sou.
Por Maira Garcia
sábado, 14 de janeiro de 2012
Bem-te-vi
Vivo de cantar,
e aprendi
pelo ar
o dia que ainda serei
Tive na pausa,
do parar.
Pousar
para ver.
Quem bem-me-viu
Todo dia passar
Me cantou
para eu viver.
Por Maira Garcia
e aprendi
pelo ar
o dia que ainda serei
Tive na pausa,
do parar.
Pousar
para ver.
Quem bem-me-viu
Todo dia passar
Me cantou
para eu viver.
Por Maira Garcia
domingo, 8 de janeiro de 2012
Procura-se Rubens desde o ano 2000 quando nunca mais fizeram contato.
Perderam um paulista chamado Rubens, num café livraria do Aeroclube Plaza Show de Salvador, no carnaval do ano 2000.
Caso ainda esteja solteiro, favor comparecer na portaria e se identificar.
A mulher não lembra do seu rosto, apenas a voz e a sensação que o conhecia sem nunca tê-lo visto antes.
Rubens, no domingo de carnaval daquele ano, deixou um recado no celular dela com o número colocado por engano no recibo do cartão, enquanto ela pagava o café no caixa com vista para o mar.
O celular analógico virou digital, mudou de operadora e número três vezes, mas o chip dele não saiu da pele dela. Há investigações que apontam para um provável extra-terrestre, coisa fácil de entender em solo baiano aonde o lema mais ouvido antes da virada do milênio é "tira o pé do chão".
É caso de vida ou de sorte.
Por Maira Garcia
Caso ainda esteja solteiro, favor comparecer na portaria e se identificar.
A mulher não lembra do seu rosto, apenas a voz e a sensação que o conhecia sem nunca tê-lo visto antes.
Rubens, no domingo de carnaval daquele ano, deixou um recado no celular dela com o número colocado por engano no recibo do cartão, enquanto ela pagava o café no caixa com vista para o mar.
O celular analógico virou digital, mudou de operadora e número três vezes, mas o chip dele não saiu da pele dela. Há investigações que apontam para um provável extra-terrestre, coisa fácil de entender em solo baiano aonde o lema mais ouvido antes da virada do milênio é "tira o pé do chão".
É caso de vida ou de sorte.
Por Maira Garcia
sexta-feira, 6 de janeiro de 2012
Marasmo
Não quero,
não posso,
não tô a fim.
Sou eu olhando o chinelo
e ele olhando pra mim.
Por Maira Garcia
não posso,
não tô a fim.
Sou eu olhando o chinelo
e ele olhando pra mim.
Por Maira Garcia
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