sábado, 10 de dezembro de 2011

Balanço

As folhas de outono
cismaram em colar no meu rosto,

O inverno me fez olhar a Lua
como nunca
havia
feito antes.

As flores do mato
do Atlântico Sul
que não aparecem apenas na primavera
pedem
que me deite.

Enquanto o inverno despede-se
fecho o livro
para não guardá-lo na estante.

As folhas que secaram meu rosto agora
seguem
adiante.

A ventania descobriu meu corpo
com as mesmas flores que
esperam pelo verão o ano todo

por puro
deleite.

Tudo se modifica depois do corte,
a corte,
o coito,
a ceifa
e a muda.

Depois da Lua de ontem.

Por Maira Garcia

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