Menina com a flor-de-laranjeira,
Que a abelha pousou,
o vento soprou,
o Sol esquentou.
Quando você acordar amanhã e florescer de uma vez,
não vai sentir dor,
Vai beber o suco da flor,
Vai lembrar até o sumo
que tudo é feito de amor.
Por Maira Garcia
Poesia, textos e todas expressões que surgirem para partilhar, sempre depois que a Lua me tocar.
quarta-feira, 28 de dezembro de 2011
quarta-feira, 21 de dezembro de 2011
Rio
Rio,
se não rio
sinto frio
Se não vou ao Rio
O Rio vem até mim.
Rio de mim.
Rio.
Por Maira Garcia
se não rio
sinto frio
Se não vou ao Rio
O Rio vem até mim.
Rio de mim.
Rio.
Por Maira Garcia
segunda-feira, 19 de dezembro de 2011
A cantada sem legenda para a garota água viva.
Disse
que era a garota da quarta dimensão do Água Viva
de Clarice
e que jamais abandonasse sua loirice-lispector,
isso sim,
seria a maior burrice.
Que ouvisse ali
e apenas ali
tudo que queria
ou sonhasse ouvir
Não a levou dessa vez,
não porque não quis
Faltou no enredo ouvir
aquela música que aparece na legenda
com a mocinha e o mocinho se beijando,
ela levantando uma perninha,
ele cobrindo as costas com as duas mãos
mais fortes que a encomenda,
o beijo que se assemelha ao laço
do pega-vai-que-eu-traço.
Não foi com ele por um triz.
Ela avistou muito antes
a falta que sempre faz
um Final Feliz.
Por Maira Garcia
que era a garota da quarta dimensão do Água Viva
de Clarice
e que jamais abandonasse sua loirice-lispector,
isso sim,
seria a maior burrice.
Que ouvisse ali
e apenas ali
tudo que queria
ou sonhasse ouvir
Não a levou dessa vez,
não porque não quis
Faltou no enredo ouvir
aquela música que aparece na legenda
com a mocinha e o mocinho se beijando,
ela levantando uma perninha,
ele cobrindo as costas com as duas mãos
mais fortes que a encomenda,
o beijo que se assemelha ao laço
do pega-vai-que-eu-traço.
Não foi com ele por um triz.
Ela avistou muito antes
a falta que sempre faz
um Final Feliz.
Por Maira Garcia
terça-feira, 13 de dezembro de 2011
Acordare
Fecho o olho para abrir
Abro a boca para respirar
Voltando ao centro da Terra.
Aonde sonhava que vivia
Por Maira Garcia
Abro a boca para respirar
Voltando ao centro da Terra.
Aonde sonhava que vivia
Por Maira Garcia
sábado, 10 de dezembro de 2011
Balanço
As folhas de outono
cismaram em colar no meu rosto,
O inverno me fez olhar a Lua
como nunca
havia
feito antes.
As flores do mato
do Atlântico Sul
que não aparecem apenas na primavera
pedem
que me deite.
Enquanto o inverno despede-se
fecho o livro
para não guardá-lo na estante.
As folhas que secaram meu rosto agora
seguem
adiante.
A ventania descobriu meu corpo
com as mesmas flores que
esperam pelo verão o ano todo
por puro
deleite.
Tudo se modifica depois do corte,
a corte,
o coito,
a ceifa
e a muda.
Depois da Lua de ontem.
Por Maira Garcia
cismaram em colar no meu rosto,
O inverno me fez olhar a Lua
como nunca
havia
feito antes.
As flores do mato
do Atlântico Sul
que não aparecem apenas na primavera
pedem
que me deite.
Enquanto o inverno despede-se
fecho o livro
para não guardá-lo na estante.
As folhas que secaram meu rosto agora
seguem
adiante.
A ventania descobriu meu corpo
com as mesmas flores que
esperam pelo verão o ano todo
por puro
deleite.
Tudo se modifica depois do corte,
a corte,
o coito,
a ceifa
e a muda.
Depois da Lua de ontem.
Por Maira Garcia
quinta-feira, 8 de dezembro de 2011
Anônimos em rede
Anônimo em rede,
adicto em febre
O cio
invisível que
persegue
semi-breves
são lebres sãs.
O coro dos monitorados da rede pergunta:
Se não posso saber quem és.
Não sou quem você quer.
Então,
porque me segues?
Por Maira Garcia
adicto em febre
O cio
invisível que
persegue
semi-breves
são lebres sãs.
O coro dos monitorados da rede pergunta:
Se não posso saber quem és.
Não sou quem você quer.
Então,
porque me segues?
Por Maira Garcia
terça-feira, 6 de dezembro de 2011
Machado corta tudo, até mau olhado!
Machado de Assis - depois dele todo texto fica mais fácil. Seus livros ajudam a ler cartas, e-mails e pensamentos. Há relatos recentes que afirmam que ele realmente tem o poder de abrir caminhos. Salve São Machado de Assis!
Maira Garcia
Maira Garcia
segunda-feira, 5 de dezembro de 2011
Tempestade num copo d´água
Penso em chuva de granizo
quando é isso que eu preciso.
Aí um pouco de água com muito gelo no copo me basta.
Por Maira Garcia
quando é isso que eu preciso.
Aí um pouco de água com muito gelo no copo me basta.
Por Maira Garcia
sábado, 3 de dezembro de 2011
Contra a dicção
Quero a tua felicidade para aquilo que entendes como tal.
Se o que contam,
lhe apraz
Quem sou eu para pronunciar que
não é verdade?
Por Maira Garcia
Se o que contam,
lhe apraz
Quem sou eu para pronunciar que
não é verdade?
Por Maira Garcia
sexta-feira, 2 de dezembro de 2011
Com domínio
Tentou entrar na casa mas o sapo não deixou.
Ao avançar ele avançava.
Voltar
e ele voltava
Cada passo que se dava,
não entrava
Mas o gol do sapo foi a entrada.
E entrou!
Passou a porta e chegou na sala,
fingiu de estátua e ficou.
Comeu uma mosca que passava,
e aí ninguém mais o tirou.
Sapo que não é bobo,
escolheu uma casa
num lugar
aonde a porta não fechava.
No dia seguinte,
o sapo que nunca tinha ido numa casa,
avistou um enorme jardim e
estacionou numa piscina.
Fez cara de paisagem e nunca mais,
nunca
mais voltou pro lago.
Por Maira Garcia
Ao avançar ele avançava.
Voltar
e ele voltava
Cada passo que se dava,
não entrava
Mas o gol do sapo foi a entrada.
E entrou!
Passou a porta e chegou na sala,
fingiu de estátua e ficou.
Comeu uma mosca que passava,
e aí ninguém mais o tirou.
Sapo que não é bobo,
escolheu uma casa
num lugar
aonde a porta não fechava.
No dia seguinte,
o sapo que nunca tinha ido numa casa,
avistou um enorme jardim e
estacionou numa piscina.
Fez cara de paisagem e nunca mais,
nunca
mais voltou pro lago.
Por Maira Garcia
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