Eu gosto de lavar roupa na mão,
encher o tanque com bastante roupa,
água e sabão.
E coloco de molho, separadas em baldes
as que tem as mesmas cores.
Jogo um pouco de sal e vinagre.
Para não desbotar.
Aí rapidamente ponho pra enxaguar.
E deixar a água escorrendo na terra
quando as peças são estiradas
no varal.
Depois esperar que sequem com
ou sem Sol.
Faço do meu jeito
para que durem mais.
Mas eu gosto mesmo é de ver
como é que ficam fora de mim,
em outro plano, molhadas,
com o mundo todo ao fundo.
Dias cinzas ou azuis,
fazem mais cedo ou mais tarde
todas as cores voltarem
secas pra mim.
Maira Garcia
Poesia, textos e todas expressões que surgirem para partilhar, sempre depois que a Lua me tocar.
sábado, 27 de agosto de 2011
quinta-feira, 25 de agosto de 2011
Deu jaz
Quem vai se tocar?
Se não alcança
o tom mais fácil
nem pensar em assobiar...
Na calçada,
no prédio,
na casa,
todos os sons estão,
Lá.
O dia que conseguir atravessar a sua rua,
voltarei a ter
outros dons.
E mais na frente, quem sabe?
Outro
Tom.
Com a harmonia refeita,
cheia de contratempos,
Que são feitos
para não te encontrar mais.
-em nenhuma canção-
O dia em que o jazz
vira jaz,
ver você,
tanto faz.
Que bom!
Por Maira Garcia
Se não alcança
o tom mais fácil
nem pensar em assobiar...
Na calçada,
no prédio,
na casa,
todos os sons estão,
Lá.
O dia que conseguir atravessar a sua rua,
voltarei a ter
outros dons.
E mais na frente, quem sabe?
Outro
Tom.
Com a harmonia refeita,
cheia de contratempos,
Que são feitos
para não te encontrar mais.
-em nenhuma canção-
O dia em que o jazz
vira jaz,
ver você,
tanto faz.
Que bom!
Por Maira Garcia
quarta-feira, 24 de agosto de 2011
Puro grão.
Um pingado, expresso ou coado.
Daqueles que se pede num balcão.
Vários preparos
acompanham um laudo radiografado
que podem ser lidos
num copo americano,
numa xícara de porcelana,
num copinho de plástico bem fininho...
Usando uma lente cheia de teimosia,
cada um vê
o que se quer.
A resposta não espera.
Não ficou na fila ou
no caixa.
Sem provar nada,
jogaram na pia.
E ainda pode ser chamado
hoje em dia
de café.
Por Maira Garcia
Daqueles que se pede num balcão.
Vários preparos
acompanham um laudo radiografado
que podem ser lidos
num copo americano,
numa xícara de porcelana,
num copinho de plástico bem fininho...
Usando uma lente cheia de teimosia,
cada um vê
o que se quer.
A resposta não espera.
Não ficou na fila ou
no caixa.
Sem provar nada,
jogaram na pia.
E ainda pode ser chamado
hoje em dia
de café.
Por Maira Garcia
terça-feira, 23 de agosto de 2011
Ao pé da letra
Eu me distraio com as palavras
As deixo aonde menos espero
e depois vou buscá-las.
O pior acontece
quando não dou a atenção que merecem.
De pirraça,
elas se espalham pelo caminho
e me fazem tropeçar.
Por Maira Garcia
As deixo aonde menos espero
e depois vou buscá-las.
O pior acontece
quando não dou a atenção que merecem.
De pirraça,
elas se espalham pelo caminho
e me fazem tropeçar.
Por Maira Garcia
quarta-feira, 17 de agosto de 2011
terça-feira, 16 de agosto de 2011
Culpa da rosa rosa
Eu levei uma pequena rosa rosa
pra passear no pescoço,
A natureza de alguns me fez ouvir muito desaforo.
Por Maira Garcia
pra passear no pescoço,
A natureza de alguns me fez ouvir muito desaforo.
Por Maira Garcia
sexta-feira, 12 de agosto de 2011
Posse
Vastidão de coisas suas
Que parecem
minhas.
Vastidão de coisas minhas,
Que parecem
suas.
Que eram,
e
se
foram,
em algumas Luas.
Maira Garcia
Que parecem
minhas.
Vastidão de coisas minhas,
Que parecem
suas.
Que eram,
e
se
foram,
em algumas Luas.
Maira Garcia
terça-feira, 9 de agosto de 2011
Chiqueirinho livre
Me deixa errar um pouco,
antes de me colocar na estante?
Me deixa um pouco mais?
É que eu preciso aprender.
Ainda por cima, lá no alto,
eu posso quebrar,
e aí
quem vai querer
brincar comigo?
Por Maira Garcia
antes de me colocar na estante?
Me deixa um pouco mais?
É que eu preciso aprender.
Ainda por cima, lá no alto,
eu posso quebrar,
e aí
quem vai querer
brincar comigo?
Por Maira Garcia
terça-feira, 2 de agosto de 2011
Pães
Aos que tem mãe, aos que agora só tem o pai.
Aos que tem pai, aos que agora só tem a mãe.
Aos que estão sem os dois.
Aos que não tiveram nenhum.
Pois.
Todos vieram de suas mães.
É tão óbvio isso, então lá vai.
Ao alimento que nos nutriu a cada manhã.
Somos pais e mães, somos pães.
Aos que tem pai, aos que agora só tem a mãe.
Aos que estão sem os dois.
Aos que não tiveram nenhum.
Pois.
Todos vieram de suas mães.
É tão óbvio isso, então lá vai.
Ao alimento que nos nutriu a cada manhã.
Somos pais e mães, somos pães.
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